A constante manutenção de desempregados em Portugal está bastante ligada à falta de qualidade dos serviços prestados pelos Centros de Emprego.
Já se perguntaram o que é que estes serviços fazem? Será que o que lá fazem permite alguém encontrar realmente um emprego, tendo em conta as suas competências? Será que estes serviços trabalham em parceria com os outros no país, adequando a procura de mão-de-obra às necessidades de formação, bem como à afetação da mão-de-obra existente noutras zonas do país? Será que já se perguntaram o porquê de vermos proliferar anúncios de emprego nos jornais ou até em vitrinas deste país?
Pois é, os serviços prestados pelos Centros de Emprego não são de todo socialmente entusiasmantes. As pessoas, mesmo com os estes serviços estatais, ainda têm que ir à procura de emprego por sua conta. Não deveria ser assim! E poderia não ser se o Governo quisesse. Eu tenho uma boa solução.
Há pouco tempo atrás idealizei uma rede social que teria como função permitir mais facilmente o recrutamento... esta rede social ainda não está desenvolvida em termos de programação devido aos custos que envolveria porém, no meu entender, para o Estado, os custos acabariam por ser redutores pois permitia libertar técnicos da área do emprego para outras necessidades efetivas.
Por outro lado, já se perguntaram se o Estado apoia, verdadeiramente, a empregabilidade? Na minha modesta opinião, não apoia.
Digo que não pois não vejo nenhum tipo de apoios rápidos ao empreendedorismo. A formação gratuita para futuros ou atuais empresários é escassa, desatualizada ou inexistente. Estes devem fazer formação para se atualizarem ao nível das melhores práticas, nomeadamente tendo em conta a atualização da legislação, bem como novas práticas de gestão que se possa implementar com o sentido de melhorar a eficiência da sua organização.
Depois porque não há apoios, ou se há a informação está bastante escondida, para que os desempregados de longa duração ou à procura do primeiro emprego possam criar a sua própria empresa, no sentido de garantir o seu direito constitucional: ter um trabalho. Pressuponho que, a haver, poderiam haver outros apoios, nomeadamente financeiros que seriam de vários níveis - apoios diretos através de fundos criados para o efeito ou indiretos como apoios relacionados com isenção de taxas nas pesquisas por patentes e conexos, bem como no seu registo. É de todo impossível que, uma pessoa desempregada e sem património, consiga obter um financiamento bancário por isso, neste caso, faz falta um Estado mais proativo.
Apesar das constantes mudanças legislativas, é preciso fazer mais. Penso pois que é necessária uma ampla reestruturação no IEFP pois este instituto público não presta um bom serviço há população de Portugal. Considero que este instituto deveria perder as competências ligadas à formação profissional, sendo renomeado como IECP - Instituto do Emprego e da Colocação Profissional. Entretanto as competências ligadas à formação profissional passariam para um outro instituto público a criar com o nome de IQP - Instituto para a Qualificação Profissional. Esta reestruturação permitiria uma melhor organização de competências e mais propriamente os técnicos passariam a focar-se mais numa área. A mudança seria pois bastante proativa pois os técnicos do IQP estariam focados na formação e desenvolveriam o seu trabalho nos Centros Qualifica e os técnicos do IECP prestariam o seu serviço nos Centros de Emprego, e teriam como competências profissionais a colocação dos desempregados no mercado de trabalho, bem como o apoio à criação de novas empresas, tendo em conta que seria importante o apoio destes no estudo de viabilidade de novas ideias de negócios e também no que ao desbloqueio de apoios estatais à criação de novas empresas por parte deste tipo de pessoas desempregadas.
Assim, com uma reforma deste tipo muita coisa se poderia mudar neste país. Eu sou uma pessoa simples que, quando critica, aponta soluções.
Criticar por criticar é tão fácil. Soluções é aquilo que é preciso e eu vou sempre apresentando algumas...
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